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Artigos-->Principais Tipos de Drogas -- 17/01/2000 - 18:23 (Vânia Moreira Diniz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




PRINCIPAIS TIPOS DE DROGAS

Site:http://www.terravista.pt//FerNoronha/5843

E-mail:vaniamdiniz@zaz.com.Br











TEXTO EXTRAÍDO DO LIVRO MANUAL SOBRE A SAÚDE FÍSICA E MENTAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DA UNIÃO, EM CO-AUTORIA COM OS PROFS. PAULO DE MATOS FERREIRA DINIZ E ANTÔNIO PAULO FILOMENO, COM APÊNDICE EM DISQUETE, ED. BRASILIA JURÍDICA, 1998, ADAPTADO PARA PUBLICAÇÃO NA INTERNET.



Segundo a Organização Mundial de Saúde - OMS, droga é "toda substância natural ou sintética que, introduzida no organismo vivo, pode modificar uma ou mais de suas funções."

Hoje, quando as drogas tomam conta de todo um continente de forma indiscriminada, minando a resistência e a vida dos seus consumidores, transformando caracteres, metamorfoseando psiquicamente as pessoas, trazendo desespero a toda uma população, todos têm obrigação de conscientemente fazer alguma coisa.

E a AIDS, enfermidade dolorosa que leva pessoas à angústia profunda, também pode ser conseqüência da droga, em uma de suas facetas, pois os toxicômanos se situam no 2o grupo de risco da famigerada doença.

Então, como compreender que mesmo assim, as drogas se convertem em gênero de primeira necessidade aos seus usuários? Claro que pela dependência que ela transmite e é essa sua pior e mais dolorosa conseqüência, pois se pudessem deixá-la no momento em que se começa a incomodar seria muito bom. Mas é o caminho íngreme e rápido da sua iniciação à necessidade de tê-la, que se deve evitar e só se evita ficando longe de qualquer tipo de droga.

Só a prevenção permitirá diminuir o enorme número de sofredores que estão por vir. E como prevenir? Fazendo com que toda a comunidade fique esclarecida nesse setor. Cientificamente esclarecida. Isso é mais importante e eficaz que lições de moral, ameaças, palavras fatídicas ou dramatismo. É, aliás, o único meio realmente eficaz de prevenção..

Assim, a seguir serão indicadas as drogas mais usadas, suas conseqüências e os diversos tipos de prevenção, especificadamente em cada uma:

Elas se dividem e subdividem, porém num quadro geral e menos detalhado que serão enumeradas em 5 espécies:

Ø os tranqüilizantes

Ø as anfetaminas

Ø os barbitúricos

Ø álcool e

Ø as drogas chamadas ilegais que são:

Ø maconha

Ø cocaína

Ø LSD

Ø heroína

Ø crack

Ø êxtase

Ø merla

Ø cola e inalantes usados como droga.

Tranqüilizantes

São usados em sua maior parte por mulheres que buscam um alívio de suas tensões, nervosismo e ansiedade.

O uso dessas drogas exigem controle médico, pois podem causar efeitos nocivos a curto prazo. Provocam tolerância e dependência.

As Anfetaminas

Possuem propriedades estimulantes do coração idênticas às da cocaína. Há relatos de miocardiopatias, miocardites e ainda hipertensão pulmonar associados ao uso oral e venoso das anfetaminas. .Alguns relatos de morte súbita relacionados ao uso de anfetaminas, após esforço físico ou estresse, fazem supor que estas drogas possam provocar, como a cocaína, arritmias cardíacas graves.

Na área farmacológica as anfetaminas são drogas com grande ação estimulante do sistema nervoso central.

Elas tem duas indicações principais: combater o sono e moderar o apetite no tratamento da obesidade.

“As anfetaminas tem sido usadas para o "doping de atletas". No passado houve casos de clubes de futebol que só jogavam com a maioria deles dopados. A obrigatoriedade do exame "anti-doping" depois das partidas esportivas diminuiu esta prática perniciosa.”

Geralmente as pessoas começam a usar as anfetaminas por recomendação médica, depois por conta própria e tornam-se dependentes.

“Estes apresentam alterações do comportamento passando a agressivos, desrespeitadores, descuidados, desinteressados e com tendência suicida”.

As vezes ocorre, o que se chama de psicose anfetamínica com delírios de perseguição, alucinações visuais, auditivas e até olfativas, quadro que se assemelha de certa forma à esquizofrenia paranóide (doença mental). Isso tudo tende a se agravar.

Usa-se esta droga para tirar o sono e na esperança de melhorar o aprendizado e aumentar a capacidade de estudo.

Os Barbitúricos

Os barbitúricos tem esse nome porque, quimicamente são derivados do ácido barbitúrico.

“São divididos em barbitúricos de ação curta e de ação longa. Os de ação longa produzem mais ou menos oito horas de sono e entre eles está o Gardenal, muito usado para controle de epilepsia, pois combate as convulsões. Os de ação curta duram quatro horas ou menos.

Os barbitúricos de ação longa, raramente levam ao abuso ou a dependência.”

Os de ação curta levam mais à dependência.

Há riscos de suicídio, relativamente comuns com o uso de barbitúricos e também mortes acidentais por "overdose" (dose alta), principalmente quando associados a bebidas alcoólicas.

O uso abusivo e a dependência dos barbitúricos aqui no Brasil são mais comuns entre adultos do que entre adolescentes.

Esta droga deve ser usada com cuidado e supervisão médica. Não se deve aumentar a dose a não ser quando absolutamente necessário.

Maconha

“A maconha é habitualmente consumida por via pulmonar (fumo) embora possa ser usada por via oral (comidos) como ocorre em populações indígenas.”

Efeitos: os efeitos psíquicos resultantes do uso da maconha apresentam muita variabilidade, até em função das expectativas do indivíduo. Predominam sensação agradável de relaxamento, diminuição da ansiedade, aumento de apetite, sensação de euforia, alterações na percepção do espaço e da passagem do tempo.

Com doses mais elevadas: perturbações da memória e do pensamento, medo, ansiedade, sensação de estar sendo observado, mal estar difuso.

Como efeitos físicos: taquicardia, hiperemia conjuntival, boca seca e tremores discretos nas mãos. Prejuízo da coordenação motora e diminuição da força muscular.

São notados também prejuízo da memória de fixação e do aprendizado e desinteresse para as tarefas comuns, bem como para o estudo, trabalho e namoro.

É uma das drogas mais experimentadas pelos adolescentes. Muitos destes acham que esta não faz mal. E outros não conseguem ficar apenas na maconha, torna-se um trampolim para outras drogas.

Cocaína

"A cocaína é utilizada principalmente por três vias: nasal (aspirada), endovenosa (EV) e pulmonar (fumada sob a forma de crack)."

Causa sensação de euforia e bem estar, idéias de grandeza, irritabilidade, prejuízo no julgamento da realidade, falta de sono, fome e fadiga.

Com o aumento da dose as reações de pânico aparecem, alucinações auditivas e táteis (escuta vozes e tem a impressão de sentir sensações de bichos andando pelo corpo), terminando com as manifestações de paranóides agudas.

É constatado também a elevação da pressão arterial, podendo atingir as coronárias.

O consumo elevado pode levar à morte por parada respiratória.

Entre os usuários de droga injetável, como pode ser o caso da cocaína, a AIDS é, sem dúvida, a mais importante das doenças infecciosas transmitida por agulha ou seringa contaminada.

A cocaína é uma droga reforçadora. Isso quer dizer que com a eliminação do efeito inicial, o usuário quer tomar mais e mais.

Há também a possibilidade de acidentes graves e até morte por "overdose", quando a pessoa usa uma cocaína pura, sem misturas e sem que seu organismo esteja preparado para isso.

É uma droga extremamente perigosa e pode levar à loucura ou à morte e também pode corresponder a anos de sofrimento para o usuário, sua família e seus amigos.

É a droga mais estudada entre todas que causam dependência, principalmente pelos efeitos cardiovasculares significativos. Nos estados Unidos de 1976 a 1985 aumentou nove vezes o número de emergência e doze vezes o número de mortes relacionadas à cocaína. Naquele país 30 milhões de pessoas já fizeram uso de droga e cinco milhões o fazem regularmente. em 1987, dados oficiais informam que corriam 5.000 novos casos, por dia, de usuários de cocaína e 200.000 a um milhão de pessoas eram usuários compulsivos da droga: por esta razão, aumentaram muito as mortes relacionadas à cocaína, sendo muitas delas por causas cardiológicas, arritmias e infarto do miocárdio, e outra por causas infecciosas devido à endocardite.

Os efeitos cardiovasculares da droga são devidos à ação dos receptores e neorotransmissores levando a vasoconstricção, elevação das pressões sistólica e distólica e sobrecarga do ventrículo esquerdo, além de taquicardia e aumento da contratilidade cardíaca.

Os efeitos dopaminérgicos são os responsáveis pelo vício em cocaína. a estimulação destes receptores de forma contínua causa euforia.

Os níveis de droga no plasma não estão linearmente relacionados ao efeitos no sistema nervoso central; portanto os efeitos desejados pelo usuário desaparecem quando ainda existem níveis relativamente altos da droga no sangue. isto faz com que , na busca pelo efeito “ agradável” constante da droga, o usuário seja levado a manter níveis progressivamente mais elevados, aumentando a incidência de complicações cardíacas( overdose.

Situações como fibrilação ventricular e taquicardia ventricular evoluindo para a morte súbita constituem as arritmias mais graves e em alguns casos podem não apresentar o efeito direto da droga, mas complicações secundárias e distúrbios neurológicos graves como convulsões, hipoxias e alterações metabólicas importantes.

Contudo os efeitos mais nocivos da cocaína são a isquemia miocárdica e o infarto com índice de mortalidade por esta última causa chegando a 13%. Várias são as causas, de acordo com estudos , que desencadeiam o infarto no miocárdio, todas provocadas pela droga: espasmo coronariano, constricção arteriolar, interferência nos mecanismos de coagulação, originando fenômenos trombróticos arteriais, além de outros fatores coadjuvantes, como taquicardia e elevação de pressão arterial.

Estudos mais recentes tem demonstrado que a cocaína parece ser também um acelerador da arteriosclerose, tendo sido descritos casos de miocardipatia diatada, aneurisma dissecante da aorta e miocardites relacionadas ao uso da droga.

Finalmente, além das complicações neurológicas, metabólicas e cardiológicas, temos as causas infeciosas cujo maior expoente é a endocardite provada pelo uso de seringas contaminadas e pela introdução endovenosa de impurezas e detritos associados à droga injetada.

Em estudos realizados noa Estados Unidos conduzidos por Levine e Cols. foram diagnosticado endocardite infecciosa em 38,8 % dos pacientes usuários de drogas infectáveis, hospitalizados devido a bacteremia, sendo o staphylococus aureus o potógeno mais freqüente em cerca de 60% dos casos

LSD

É uma droga capaz de causar alucinações em doses muito pequenas.

A "viagem" com LSD é imprevisível. Depende muito da personalidade, ambiente e até humor de cada pessoa.

As "viagens boas" caracterizam-se por alucinações auditivas e visuais agradáveis e a pessoa parece se compreender melhor. As cores predominam e o som parece até palpável. Algumas pessoas descrevem uma percepção mais ampla na parte espiritual.

As "viagens más" são também comuns. Levam o usuário a estado de pavor e confusão com recordações vivas de traumas do passado, podendo chegar a tal grau psicótico que precisem de hospitalização.

"As vezes, há também distorção do tempo e do espaço, alteração da imagem corporal. Episódios de medo ou depressão aparecem após experiências mórbidas ou aterradoras sob o efeito da droga".

“As reações emocionais de medo, melancolia ou prazer tornam-se mais intensas sob a influência dessa droga e chegam a tomar proporções catastróficas.”

“O que se conclui é que agiu muito bem a OMS (Organização Mundial de Saúde) quando classificou o LSD entre as drogas do Grupo Ia, isto é, aquelas que apresentam grande potencial de abuso e nenhuma utilidade terapêutica.”

Heroína

A heroína é um narcótico derivado da morfina que é derivada do ópio.

O seu efeito é quatro a oito vezes maior que a morfina e só é encontrada clandestinamente. Freqüentemente é vendida misturada com açúcar, leite em pó e outros.

A heroína não tem uso medicinal, legalmente, É, no entanto, uma das drogas preferidas dos traficantes, porque os lucros são altos.

Sua dependência psicológica e física é rápida e o dependente passa a necessitar dela a cada três horas. O usuário se torna, então, escravo da droga e muito rápido desenvolve a tolerância. E aí é claro que para obter os mesmos efeitos precisa cada vez de quantidade maior e em menos tempo de intervalo.

A respiração é prejudicada, bem como a medula e o fígado. Os sintomas são insônia, diarréia, tremores, pressão alta, dores pelo corpo e náuseas.

As faculdades intelectuais são perdidas gradativamente, a memória é prejudicada.

"O uso constante da heroína leva a crise de abstinência, ou seja, cria um estado incontrolável de necessidade, caso a droga falte ao usuário."

"A crise de abstinência não é apenas um estado criado pela imaginação do toxicômano, ela resulta a partir do momento em que o agente passa a ter necessidade de retornar a dose habitual."

Crack

Crack é o nome dado a cocaína transformada com o uso da soda cáustica ou bicarbonato de sódio, para se tornar própria para o fumo. É a cocaína solidificada e fumada em forma de pedra.

Subproduto da cocaína, geralmente é fumado em cachimbos de fabricação caseira, o crack é uma droga de uso simples e preço baixo, o que facilita sua comercialização.

Provoca danos muito piores do que os causados pela cocaína. Quando uma pessoa fuma o crack, sente-se excitada, eufórica, forte, poderosa.

Em segundos a euforia passa e ela fuma de novo, de novo ...

A droga vai dos pulmões direto para o cérebro. Quando cheirada passa primeiro por filtros do aparelho respiratório. E quando injetada, passa antes pelo fígado, seguindo depois para o coração, pulmão e finalmente cérebro.

Em apenas oito segundos seu efeito destruidor já é aparente. Provoca euforia, desinibição, agitação psicomotora, taquicardia, dilatação da pupila, aumento da pressão arterial e transpiração e, eventualmente alucinações visuais e táteis.

Tira completamente a fome, causando a desnutrição. O viciado fica muito tempo sem se alimentar ou come mal.

Passada a euforia, provoca efeitos como a depressão, sensação de medo e paranóia de perseguição. Devido a paranóia de perseguição, os usuários de crack tornam-se agressivos, podendo até matar pessoas que se encontrem próximas.

A dependência vem em dias, vindo uma vontade incontrolável de fumar mais e mais.

O uso contínuo da droga sobrecarrega e provoca danos no sistema nervoso e cardiovascular. São comuns os seguintes efeitos: dores de cabeça, tonturas, desmaios. Em pouco tempo a pessoa é levada à morte por hemorragia cerebral, convulsão, insuficiência respiratória ou infarto agudo.

Ecstasy (êxtase)

Droga sintética nascida na Alemanha e espalhada pela Europa a partir de Londres, o Ecstasy (ou êxtase) chegou ao Brasil depois de uma rápida escala no EUA. A polícia brasileira mal a conhece; as autoridades não dispõem de dados sobre os consumidores, mas seu uso não para de aumentar.

Foi desenvolvido para ser um moderador de apetite. Depois passou a ser empregado para desinibir pacientes em processos psicoterapêuticos.

Composto por uma mistura de alucinógenos e anfetaminas, provoca dependência psíquica e, em alguns casos, até a morte.

De amplo uso nos clubes das grandes cidades brasileiras, principalmente São Paulo, é vendida na porta ou mesmo dentro das boates, sendo conhecido como a droga do amor, o que remete imediatamente a algum suposto afrodisíaco. Tudo, porém, é uma lenda: aumenta o desejo sexual mas prejudica o desempenho.

No homem, diminui 50% a capacidade de ereção.

Seus consumidores em geral são jovens de classe média alta. Como é cara R$ 50,00 o comprimido, contra R$ 30,00 para a grama de cocaína e R 7,00 para uma pedra de crack, o ecstasy é uma droga elitista.

A droga, num primeiro momento, deixa seus usuários falantes, felizes, seguros de si, receptivos ao contato social e com a sensualidade exacerbada.

Mas é rápido o efeito e quando ele termina pode ocorrer o pior. São freqüentes os acidentes durante "a viagem" que vão desde insuficiência hepática e renal, convulsões, hemorragia cerebral até morte súbita.

Quando não mata, o ecstasy pode provocar distúrbios psiquiátricos, como síndrome de pânico, depressão, déficit de memória, delírios e alucinações.

Merla

Outro derivado da cocaína, a pasta de coca é um produto grosseiro, obtido das primeiras fases de separação da cocaína das folhas da planta, quando estas são tratadas com alcali, solvente orgânico como querosene ou gasolina e ácido sulfúrico.

É uma droga característica do Distrito Federal, recebendo o nome de Merla.

A merla é vendida em latinhas comercializadas em farmácias para exame de fezes. Para dar volume, os traficantes misturam os resíduos de remédios vencidos, pó de giz e ácido de bateria para ajudar na manipulação e acomodação nas latinhas e aumentar mais o seu lucro.

Seu cheiro forte, indefinível e repugnante é chamado pelos viciados de "catingo". A medida que o nível de tolerância do viciado vai aumentando, ele precisa consumir cada vez mais para satisfazer sua necessidade e, com isso, para consegui-la, gasta-se o que não tem.

Segundo a polícia, a droga entra no Brasil por Rondônia e é transportada para o DF em caminhões de peixe e cebola (para esconder o cheiro) e até aviões pequenos.

É uma substância altamente tóxica e chega rapidamente aos pulmões e também ao cérebro, prejudicando o sistema nervoso central.

Depois da euforia das primeiras horas vem efeitos como depressão, paranóia de perseguição.

Há registros de usuários que tiveram essas sensações continuadamente e chegaram ao suicídio.

O uso prolongado causa depressão, fibrose pulmonar, perda dos dentes, o usuário se torna agressivo e há dependência psíquica e talvez física.

Inalantes, Solventes ou Voláteis

Solvente significa substância capaz de dissolver coisas e inalantes são todas as substâncias que podem ser inaladas (introduzidas no organismo através da aspiração pelo nariz ou boca).

Há um número enorme de produtos como esmaltes, colas, tintas, tiners, gasolinas, removedores, vernizes que contém solvente. Provocam sensações de vertigem, embriaguez e euforia. Depois há apatia e muitas vezes delírios, náuseas, diarréias, amnésia, podendo chegar a perda da consciência.

O mais comum efeito dos solventes é a depressão.

Causam dependência psíquica e podem provocar lesões graves ao fígado, rim, medula óssea e cérebro e alterações no ritmo cardíaco e respiratório que podem levar à morte.

Primeiro vem a excitação e a pessoa fica eufórica e em seguida podem aparecer náuseas, espirros, tosses, salivação abundante.

Logo depois a pessoa fica em confusão, voz pastosa, visão embaçada, podendo chegar a incoordenação ocular e motora e na última fase, principalmente entre aqueles cheiradores que usam saco plástico e após um certo tempo já não conseguem afastá-lo do nariz e assim a intoxicação torna-se muito perigosa, podendo mesmo levar ao como e à morte.

Álcool

O álcool é uma das drogas lícitas mais antigas e mais conhecidas em todo o mundo.

O álcool causa sérias lesões funcionais e orgânicas. Ele afeta o funcionamento dos rins, fígado, coração e cérebro, provocando lesões significantes.

O alcoolismo representa um problema social, desestruturando famílias inteiras.

É a principal causa de acidentes no trânsito, acidentes de trabalho, criminalidade, violência etc.

O desenvolvimento da dependência está relacionado com a predisposição de cada pessoa.

Acontece a tolerância: por esse motivo, para se conseguir os mesmos efeitos, a quantidade tem que ser aumentada.

É uma substância capaz de causar dependência física e psíquica. O alcoolismo é visto como uma doença.

No começo o álcool provoca euforia, tornando a pessoa expansiva e desinibida, tendo atitudes que se estivesse sóbria não teria.

A mulher alcoólatra, mesmo que pare de beber na gravidez, se tiver feito uso do álcool 3 meses antes da fertilização, poderá comprometer a inteligência, o desenvolvimento motor, o peso e até pode provocar má formação do feto.

Alguns dos malefícios físicos que o álcool acarreta: "irritação da mucosa do estômago, cirrose hepática, dormência dos membros inferiores, pneumonias, tuberculoses, hipertensão, miocardiopatia alcoólica, anemias, chegando até ao "delirium tremens" com terror noturno, tremores generalizados, que podem levar a crises convulsivas e à morte".

As conseqüências psicológicas também são várias: negação, psicose alcoólica, distúrbios de personalidade e paranóia alcoólica.

É fácil de entender a atração que o álcool provoca, especialmente quando se trata de jovens vivendo os desafios da adolescência. O álcool altera o comportamento mesmo quando usado em pequenas doses. Num primeiro momento fica "alegrinho" e falante.

Inseguros e tímidos, angustiados ou ansiosos para entrar na vida adulta, é na adolescência que se descobrem logo que uma latinha de cerveja é uma boa ajuda para a desinibição. O álcool serve para encorajar os jovens a entrar no mundo adulto e para livrá-los da ansiedade.

Como o consumo é socialmente aceito, fica difícil saber quando este está bebendo além da conta. A preocupação só aparece quando se vêem as conseqüências.

O álcool nem sempre vem sozinho na vida do cidadão Ele é a porta de entrada para drogas mais pesadas.

O álcool é tratado como doença entre os servidores, enquanto que constitui falta grave entre os empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho-CLT, motivando sua demissão pela embriagues habitual

· Não existe droga pior ou melhor quando se torna dependente. Os prejuízos à saúde e ao desenvolvimento são igualmente terríveis.

Tolerância e dependência

A tolerância se dá quando o usuário, usando uma determinada droga, sente necessidade de aumentá-la cada vez mais, para que sinta os mesmos efeitos do início.

A dependência se instala quando além do desejo psicológico e já existindo a tolerância, é claro, a pessoa não pode passar sem a droga, pois organicamente sente necessidade dela.

Vem então a síndrome de abstinência ou privação, que se caracteriza via de regra para quase todas as drogas por: sudorese, dores abdominais, angústia, inquietação, diarréia e muitas vezes convulsão que se não tratada pode levar à morte. E esses sintomas só melhoram com o uso da própria droga.

Por isso para livrar-se do vício a pessoa precisa procurar um médico que faça profissionalmente a desintoxicação.

O viciado que é maior vítima da droga, seja por falta de conhecimento, fragilidade da época que atravessa ou simplesmente necessidade de tê-la, para sentir sensações novas ou ser valorizado pelos seus pares, precisa de uma orientação segura e assistência precisa que o ajude realmente a ultrapassar momentos tão difíceis.

Aí deverá estar a ajuda da chefia, da área de recursos humanos e de saúde, que sem rebaixar sua auto-estima, contribuirá nessa fase dolorosa para levantá-lo do solo em que ele pode se precipitar.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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1994.

BUCHER, Richard:Prevenção do uso de drogas/ [pela ] equipe do Cordato-coordenador do

Cordato. CEAD vol. 1, Editora UnB.1989

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MURAD, J. E. Drogas: o que é preciso saber. 3a ed. Belo Horizonte: Editora Lê. 1990.

MURAD, J. E. O que você deve saber sobre os psicotrópicos: a viagem sem bilhete de volta. 2a ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Dois, 1972.

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OLIENENSTEIN, C. A droga: drogas e toxicômanos. 2a ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 1984.

RIBEIRO, Mônica Moreira Diniz. Prevenção às drogas. Monografia. Disciplina Pesquisa Metodológica. Curso de Orientação Educacional. CEUB, Brasília. 1997

SILVESTRE, R. M. A dependência química hoje. Brasília: s/ ed. 1992.

VIZZOLTO, S. M e Seganfredo C. A. Uma onda perigosa: fumo - álcool - drogas. 3a ed. Petrópolis: Editora Vozes. 1991.



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